Mário Quintana
O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você.
A amizade é um amor que nunca morre.
Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente, e não a gente a ele.
Slogam para o ministério da saúde: o fumante é um retardado que ainda não conseguiu deixar de mamar.
Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?
Nunca me dê o Céu… Quero é sonhar com ele na inquietação feliz do Purgatório.
Hoje é outro dia.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho.
Amar é mudar a alma de casa.
A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.
O grande consolo das velhas anedotas são os recém-nascidos.
Tudo o que acontece é natural – inclusive o sobrenatural.
O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente.
O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores.
Nunca desprezes os teus amigos, porque se um dia eles te esquecerem, só teus inimigos se lembrarão de ti.
Os verdadeiros analfabetos são aqueles que aprenderam a ler e não lêem.
Com o tempo, não vamos ficando sozinhos apenas pelos que se foram: vamos ficando sozinhos uns dos outros.
Para sempre é muito tempo. O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo.
O tempo é um ponto de vista. Velho é quem é um dia mais velho que a gente.
Há duas espécies de livros: uns que os leitores esgotam, outros que esgotam os leitores.
O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.
O fantasma é um exibicionista póstumo.
O despertador é um acidente de tráfego de sono.
Datilografia: escrita por batuque.
Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.