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Mauricio de Souza

Que tristeza, né? Pra que eu vou lembrar esse povo todo, que já está passando por isso, e na hora do lazer, na hora da diversão, eu vou pegar os seus personagens e enquadrá-los em gaiolinhas? Eu não quero, não… Prefiro deixá-los mais soltos… Como são, ou como acho que gostariam de ser, todas as crianças… E como eu nasci e cresci. Na medida do possível, até eu tento me libertar um pouco das gaiolas e sair por aí. Mas eu não pretendo botar a turminha engaiolada, não.

História em quadrinhos é, antes de tudo, roteiro. Não é desenho: desenho vem na seqüência. O que eu busco é roteiro, história, texto.
Obs.: Respondendo sobre quais quadrinhos ele lê.

Algumas histórias são bem escritas, algumas são apelação… Então eu dou uma folheada… se eu leio duas, três páginas e o roteiro não bate muito, então eu deixo pra lá. E algumas até bem ficcionais eu vou até o fim.

Eu gosto muito da tira do Hagar, e das tiras que saem no ‘Jornal da Tarde’, como O Legionário. Eu gosto de algumas histórias de super-heróis, dessas que tratam os super-heróis com seus dramas pessoais e aquelas coisas todas.
Obs.: Respondendo sobre quais quadrinhos ele lê.

Eu gosto e tenho que ler muitos quadrinhos para saber o que está acontecendo.
Obs.: Respondendo sobre quais quadrinhos ele lê.

Ele não é tão mal assim como pintam! Ele tenta ser, mas não deixam que ele seja… É o nosso vilão, um dos poucos que nós temos. Ele serve para conscientizar a criançada sobre problemas ligados ao meio-ambiente: a sujeira, a poluição e tudo o mais. Vamos dizer que ele é um mal necessário pra compor a história.
Obs.: Respondendo se o Capitão Feio fosse criança que presente ele ganharia.

Eu dava um passaporte de vida eterna. Porque eu acho que a criançada e a Mônica se merecem para todo o sempre. Respondendo qual presente daria para a personagem Mônica.

A história eu tenho facilidade em escrever todas elas. Desenhar… Nenhum desenhista sabe desenhar tudo. Se eu for desenhar um cavalo épico, eu não sei, sai um cavalo gozado, um pangaré. Se eu for desenhar a Mônica, sai bonitinho. Se eu for desenhar a Tina, com o corpinho esbelto que a Tina tem hoje, eu desenho, mas vou devagarinho. Alguns desenhos são realmente mais complicadinhos do que outros. Um Bidu eu faço em um segundo; uma Tina eu faço em 20 segundos.

Acho que acontece com todo mundo, e comigo também: tem dia que você amanhece cavalo, cachorro, moleque, dinossauro. E conforme o dia, se você está suave, tranqüilo, você amanhece como uma Tina, uma Mônica, uma Magali.

Eu faço histórias para contar histórias. Na minha infância ouvi muitas e até hoje meus avós me contam algumas, ou melhor, me ensinam a ser um contador de histórias.

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